Assinala-se a 20 de outubro, o Dia Mundial de Combate ao Bullying.
A data foi criada com o intuito de alertar internacionalmente para o problema do bullying com que muitos jovens vivem nas escolas, comunidades ou em interações online. De acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), uma em cada três crianças do mundo, entre os 13 e os 15 anos, é vítima de bullying na escola.
“O Bullying assume-se como uma forma de violência física, psicológica e/ou sexual entre pares, num padrão continuado de agressão, provocação, ameaças, intimidação, marcado por desequilíbrio de poder entre a vítima e pessoa agressora.
Para a prevenção, é essencial que cuidadores/as e educadores/as promovam competências socioemocionais em crianças e jovens assentes em princípios de igualdade, empatia e respeito pela diversidade.“, Direção-Geral da Saúde.
No ano letivo 2022/2023, a Guarda Nacional Republicana (GNR) registou 140 crimes, envolvendo Bullying e Cyberbullying.
Indícios a detetar em vítimas de bullying:
Físicos: Cortes, hematomas, dores de cabeça/barriga (ansiedade);
Comportamentais: Isolamento, desinteresse pelos amigos/escola;
Alteração repentina de hábitos, mudança de trajetos, bens desaparecidos ou danificados, agressividade (com familiares ou animais), depressão.
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Se fores vítima de bullying:
Não penses que é um problema só teu, não o tens que o resolver sozinho;
Não respondas à violência com mais violência, só vai piorar;
Denuncia logo a situação a pessoa de confiança (amigo, família, Escola ou Polícia), confia na Escola Segura.
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Perante a criança agressora:
Escute o agressor sem juízos prévios e perceba as razões e a avaliação que ele faz dos seus próprios comportamentos;
Perceba que a criança agressora precisa de ajuda. Esta é a melhor forma de proteger a vítima;
Procure uma intervenção especializada para a gestão deste comportamento, preferencialmente em coordenação com o gabinete de psicologia do agrupamento escolar.
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Perante a criança vítima:
Escutar a criança sem desvalorizar o assunto;
Manter a calma sem provocar revolta, receio ou culpa na criança;
Falar com a escola/professor(es) e PSP/Escola Segura para saber se têm conhecimento e adotarem estratégias conjuntas;
Reforçar a autoestima e autoconfiança da criança.
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O que não devo fazer?
Evite reagir com agressividade;
Pedir explicações aos agressores/bullies;
Culpabilizar os restantes alunos ou o pessoal docente.